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“Tempo do Advento” é um tempo de preparação para o nascimento do Deus Menino.; para recebê-lo e acolhê-lo no calor do nosso Coração que deverá estar arromado e limpo.
Somos convidados a criar aquelas condições para O recebermos dignamente; Tempo propício para iniciar a experiencia interior e exterior da exigência Cristã.
Advento é uma palavra latina que significa aproximar-se, chegando aos poucos.
Durante as quatro semanas do Advento preparamo-nos para o Natal.
No Advento ouvimos as vozes sempre actuais dos profetas bíblicos, anunciando a vinda do Messias.
Também ouvimos a voz de João Baptista e do próprio Jesus anunciando a proximidade do Reino de Deus.Este tempo litúrgico, próprio do Ocidente, foi instituído para que os fiéis se preparassem para a celebração do Natal. Mas, em pouco tempo, adquiriu também um significado escatológico.
A primeira referência ao “Tempo do Advento” é encontrada na Península Ibérica, quando no ano 380 o Sínodo de Saragoça prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na Gália, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu setenta semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.
Há relatos de que o Advento começou a ser observado entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.
No final do século IV, na Gália (atual França) e na Península Ibérica (actualmente Portugal e Espanha), tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.
Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.
Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.
Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal.
A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha.Costuma-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa.
Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as Igrejas Protestantes ou reformadas em particular a Anglicana, Luterana,Metodista e a Batista entre outras. A Igrega Ortdoxa tem um período de quarenta dias de jejum como preparação para o Natal.